Em "Magia Além da Ignorância", Baltazar e Cabral Filho argumentam que a verdadeira magia na arte interativa não está na complexidade técnica invisível, mas na liberdade de criação que uma obra oferece ao usuário, que, ao participar ativamente, cria algo único e imprevisível. Eles contrastam a "mágica" tradicional, que fascina pela ignorância sobre os processos, com a "técnica", que busca entendimento racional, e defendem que a melhor experiência interativa é "virtual", ou seja, não predeterminada, como no piano, onde a música surge a partir da interação livre, ao contrário da caixa de música, que oferece um resultado fixo. Exemplos como a "Máscara com Espelhos" de Lygia Clark mostram como a arte pode abrir espaço para uma experiência genuinamente mágica, onde o público não apenas consome, mas cria algo novo.